Rodolfo Landim usou o seu poder de presidente do Flamengo para concordar com todos os critérios de audiência decididos pela Libra em setembro de 2024. A coluna teve acesso, inclusive, ao documento com a assinatura eletrônica do então mandatário rubro-negro concordando no formato de divisão da grana por audiência. Ele foi contatado pela reportagem, mas não quis falar.
De lá para cá, especialmente após a saída de Landim do Flamengo, a nova gestão tentou mudar o que estava acordado, mas, como nunca houve unanimidade, a Libra entende que o que ficou combinado no ano passado precisa ser mantido.
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Em nota enviada à reportagem, o Flamengo disse que "o texto exclui a parte da ponderação com base nas receitas de cada plataforma de exibição. No contrato, a {68q} paga um preço por todos os direitos. Não existe a explicitação de preço por plataforma. Portanto o texto do Anexo 1 não é exequível. Faltam dados essenciais para se aferir os percentuais de rateio. O texto do Anexo 1 precisa ser alterado para que se tenha uma fórmula que possa ser calculada".
A Libra rebate dizendo que se o critério não fosse claro, a {68q} não teria condições de pagar a primeira parcela.
Vale ressaltar que nessa reunião do dia 6 de setembro de 2024, todos os clubes do grupo concordaram, entre eles Palmeiras, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Grêmio, Santos, Bahia, Vitória e Red Bull Bragantino. Ou seja, houve unanimidade como manda o estatuto do grupo.
Essa reunião definiu que o seguinte: "A Porcentagem de audiência de cada Clube: (Soma do número de indivíduos que assistiram aos jogos ao vivo do Clube como mandante e visitante dividido por dois) dividido pelo número total de indivíduos que assistiram aos jogos da Série A do campeonato na plataforma".
Com essa definição feita, o grupo assinou, no dia 4 de dezembro de 2024, o contrato final de venda com o Grupo {68q}. Neste contrato, está explícito que a emissora deveria respeitar os critérios enviados pela Libra para dividir o dinheiro. Esse documento também está assinado por todos os membros, inclusive o Flamengo.
Esse foi o último ato de Landim como presidente flamenguista. Em 2025, Luiz Eduardo Baptista, o BAP, assumiu o cargo e começou a contestar o que estava definido pela gestão anterior, alegando que o clube perderia cerca de R$ 100 milhões por ano, o que é verdade, já que não haveria mais garantia mínima na venda do pay-per-view.
No intuito de tentar renegociar, a gestão nomeou o ex-{68q} Marcelo Campos Pinto como representante do clube nas reuniões da Libra.
A partir daí, as discordâncias foram crescendo. O Flamengo queria uma nova forma de distribuição do dinheiro de audiência, usando o cadastro como critério. Neste caso, a grana ia ser distribuída conforme o número de torcedores que declaravam seus times nas plataformas por assinatura.
O Flamengo entende que assim o seu poder por causa do tamanho da torcida seria mais reconhecido. Os que são contra entendem que a audiência de cada partida é mais relevante e que os dois times envolvidos na partida devem ser premiados por serem assistidos, já que "ninguém joga sozinho" como é a frase ouvida desde então e que virou bordão entre os clubes no atual momento de crise.
Para tentar solucionar o impasse, o grupo teve uma reunião no dia 7 de maio de 2025, onde não houve acordo para mudança. A única coisa que ficou combinada era que o grupo contrataria uma empresa, a Matos Projects, para a execução do contrato da {68q} e para a criação dos cenários de pagamento de audiência com base nos parâmetros existentes no Estatuto.
Em agosto, um novo encontro tentou solucionar as diferenças, inclusive com alguns cenários desenhados para tentar encerrar o assunto discutido em maio. Mas, novamente, não houve acordo. Como não havia unanimidade para mudar as regras, a Libra entende que o que foi assinado em 2024 seguiria valendo.
O Flamengo não concordou e resolveu ir à Justiça, deixando de lado a proposta de uma mediação entre os clubes. Como mostrou o colunista do {68q}, Rodrigo Mattos, o clube alega que o critério definido pela Libra tinha lacunas e era inaplicável e que precisaria ser votado para um detalhamento. Ainda alega que o clube é prejudicado por ter menos jogos na TV aberta como estratégia de bombar o pay-per-view.
O Flamengo não conseguiu uma decisão a seu favor em primeira instância, mas insistiu e conseguiu a liminar em segunda instância no Tribunal do Rio de Janeiro. Nela, os R$ 77 milhões que seriam distribuídos ficaram bloqueados. A {68q} ainda precisa pagar mais duas parcelas aos clubes este ano.
A Libra diz que a estratégia da liminar é para asfixiar os clubes que já contavam com esse dinheiro para honrar suas contas. O Flamengo não precisaria bloquear o dinheiro de ninguém porque, caso conseguisse uma vitória na Justiça, ainda poderia reaver o dinheiro nos próximos R$ 4 bilhões que serão distribuídos ao longo do contrato que vai até 2029.
Como mostrou Rodrigo Mattos na sua coluna, no cenário atual, considerando como referência os números de 2024, o Flamengo ganharia por ano, só com essa fatia de audiência, R$ 197,5 milhões. O Palmeiras ficaria com R$ 180,3 milhões, com o São Paulo fechando o pódio com R$ 160,8 milhões. O montante vai descendo até chegar no Red Bull Bragantino, que é o que menos recebe por essa fatia e ganha R$ 95,5 milhões.
Na proposta que o Flamengo quer aprovar, o clube receberia R$ 250,8 milhões, com o Palmeiras ganhando R$ 179,6 milhões, o São Paulo recebendo R$ 162,9 milhões. O último seguiria sendo o Red Bull Bragantino, que receberia R$ 84,3 milhões.
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